26 fevereiro, 2007

Bolão e Vencedores do (Mais Inusitado) Oscar




O Oscar tem grande fama em premiações, sendo o referencial sempre. Teve um tempo que o que o Oscar dizia, era aquilo e ponto final. Bem, isso não se aplica a mim e a muitos cinéfilos que estam lendo isso. Mas sempre adoramos tentar prever o que a academia irá presentear com a estatueta de 24 quilates de ouro e como sempre fizemos outro bolão, dessa vez com 13 participantes.
A cerimônia foi uma das mais longas e maçantes que já vi, acho que foi algo em torno de 4 horas e 10. A apresentadora Ellen DeGeneres foi realmente bem interessante e deu uma pitada de ótimo humor no show.
Segue agora, a posição de cada um no Bolão dos Vencedores. Confiram:



BOLÃO DOS VENCEDORES DO OSCAR

1º HOMERO BARBOSA COM 2130 PONTOS
2º TIAGO RODRIGUES COM 2090 PONTOS
3º RODRIGO MATHIAS COM 2077 PONTOS
4º OTAVIO ALMEIDA COM 2010 PONTOS
5º VINICIUS PEREIRA COM 1980 PONTOS
6º GUSTAVO COM 1965 PONTOS
7º LEONARDO PEREIRA COM 1900 PONTOS
8º ALEXSANDRO VASCONCELOS COM 1510 PONTOS
9º TULIO MOREIRA COM 1451 PONTOS
10º ALEX GONÇALVEZ COM 1450 PONTOS
11º WANDERLEY TEIXEIRA COM 1420 PONTOS
12º KAMILA COM 1360 PONTOS
13º VICTOR NASSAR COM 1345 PONTOS

Parabéns a todos os participantes por terem feito de um simples bolão, um entretenimento muito melhor do que imaginávamos.

Agora vamos aos vencedores do 79º Academy Awards:


MIXAGEM DE SOM: Dreamgirls - Em Busca de um Sonho

O genêro musical é considerado um dos mais dificeis e complicados de mixar o som, por isso, todos os anos vemos ao menos um musical nessa categoria disputando o Oscar. Esse prêmio foi até que previsivel relacionado com o restante da cerimônia.


EDIÇÃO DE SOM: Cartas de Iwo Jima

Primeira grande surpresa para mim. Cartas de Iwo Jima foi indicado apenas em edição de som e não estava entre os indicados em mixagem de som. Nunca na história da Academia um filme foi premiado por sua edição de som sendo que não foi indicado a mixagem. Um oscar de consolação para Clint e seu filme japonês.



TRILHA SONORA ORIGINAL: Gustavo Santaolalla - Babel

Como isso é possível? Alguem chamou o Santaolalla para a festa? Eu não concordei com esse prêmio, assim como ano passado, para o mesmo destino.Não sei se eu não gosto das trilhas dele, mas em relação à Brokeback Mountain e Babel, nenhuma das duas merecia encabeçar os indicados. Oscar de consolação para Babel.



CANÇÃO: “I Need to Wake Up” - Uma Verdade Inconveniente

Um dia antes da cerimônia, ouvi pela primeira vez essa música e me apaixonei completamente pela sua letra e seu contexto. Ouvi todas as musicas indicadas e a que mais gostei foi realmente essa. O único problema é que Dreamgirls com suas 3 indicações nessa categoria ficou chupando o dedo. Ahh, primeira vez que um documentário ganha de canção na história do Oscar.


FIGURINOS: Maria Antonieta (Marie Antoinette)

Milena Canonero é uma lenda como figurinista, ganhou já vários Oscars e repete a dose batendo ótimos candidatos como o Dreamgirls e os vencedores do Sindicato de Figurinistas: Maldição da Flor Dourada (era o favorito) e A Rainha. Sejamos sensatos, merecidissimo!


DIREÇÃO DE ARTE: O Labirinto do Fauno

Merecidamente O Labrinto do Fauno vence uma das categorias mais interessantes. Depois a vitória no Sindicato a vitória no Oscar foi consequencia.


FOTOGRAFIA: Guillermo Navarro - O Labirinto do Fauno

Mas que surpresa! O único Oscar técnico que era marcado com certeza para Filhos da Esperança acabou indo para outro. Injusto? Não. Filhos da Esperança era melhor? Sim. OBS: Primeira vez que o vencedor do Oscar nem se encontra entre os indicados ao ASC.


EFEITOS VISUAIS: Piratas do Caribe: O Baú da Morte

Esse Oscar foi merecidíssimo. Efeitos magníficos e melhores que King Kong.


MAQUIAGEM: O Labirinto do Fauno

Outro que era certo, a criação do homem do banquete, do fauno e de violência são perfeitas.


MONTAGEM: Thelma Schoonmaker - Os Infiltrados

Um Oscar mais que merecida para a magnífica editora Thelma, que com seu discurso mais que consistente emocionou Scorsese. Dessa vez o Oscar não escapa das mãos dele, mas e o Oscar de filme? Continuava indefinido.


FILME DE ANIMAÇÃO: Happy Feet : O Pingüim

Um dos Oscars mais injustos de todos os tempos. Desde quando Happy Feet poderia vencer de Carros? Mas, a 2006 foi um dos piores anos para animações.


DOCUMENTÁRIO: Uma Verdade Inconveniente

Esse oscar também era certo. Um filme desse porte, com o objetivo de alerta e com Al Gore como apresentador são pontos que contribuiram.


FILME ESTRANGEIRO: A Vida dos Outros

O quê? Me belisquem! Como é possível o filme Labirinto do Fauno, que foi indicado a 6 Oscars (incluindo roteiro original) pudesse perder para o alemão A Vida dos Outros? Nessas vezes que eu acho que a Academia tem muitos que cheiram heroína e cocaína.


ROTEIRO ORIGINAL: Michael Arndt - Pequena Miss Sunshine

Era esperado, e dou meus parabéns para o promissor Michael Arndt (marquem o nome dele) pois em seu primeiro trabalho já ganha o Oscar.


ROTEIRO ADAPTADO: William Monahan - Os Infiltrados

Nada a declarar.


ATOR: Forrest Whitaker - O Último Rei da Escócia

Ainda bem que a academia não ficou sensibilzada com a saúde de Peter O'Toole e deu o prêmio para o premiadissimo Forrest Whitaker.


ATOR COADJUVANTE: Alan Arkin - Pequena Miss Sunhine

Faziam apenas 38 anos que Arkin não era indicado, e essa seria sua 3ª indicação. Arkin é veterano e conhecido, por isso acabou levando e contou com a ajuda do péssimo recebimento da crítica sobre o mais novo filme framboesa do ano que é estrelado por Eddie Murphy: Norbit.


MELHOR ATRIZ: Helen Mirren - A Rainha

REPORTER: Como devo te chamar?
HELEN MIRREN: Vossa Excelência.
Concordo.


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Jennifer Hudson - Dreamgirls : Em Busca de um Sonho

Nada a declarar, a não ser que a Little Miss Abigail Breslin tava forte e poderia se tornar uma ótima premiada.


MELHOR DIREÇÃO: Martin Scorsese - Os Infiltrados


"Parem de aplaudir, se não; eu não consigo falar."


Finalmente Scorsese leva seu Oscar (mais que merecido) e saiu do débito com a Academia. Eu realmente me emocionei quando todos OVACIONARAM a vitória de Martin. Foi realmente tocante ver o diretor tendo seu devido reconhecimento e ser aplaudido de pé por todos, inclusive EU.


MELHOR FILME


And the Oscar goes To: Os Infiltrados !

Merecido³³³³³³³³³³. Ainda bem que esse venceu, eu adorei o filme! Enfâse para a renovação da Academia em premiar um remake de um filme, cheio de palavrões e violência explicíta!

20 fevereiro, 2007

Bolão do Oscar 2007



A última vez que fizemos esse mesmo bolão foi quando sairam os indicados ao Oscar, e como grande parte dos cinéfilos adora tentar adivinhar quem serão os indicados e agora finalmente,tentaremos prever quem serão os grandes vencedores de uma edição do Oscar considerada como uma das mais emocionantes.

Veremos como serão as regras do bolão. Essas regras foram apresentadas pelo Tiago levando em consideração o fórum do Cinema em Cena no ano passado e acho bem interessante repeti-las.

Aqui vão as regras: Cada participante deverá dividir (ou não) em porcentagem as chances dos filmes. Por Exemplo: Se eu acho que quem ganhará o Oscar de filme é A Rainha, mas teria uma chance de vitória de Babel eu poderia dividir assim:

FILME

A RAINHA: 80% (x 3)
BABEL : 20% (x 3)

Logicamente que a porcentagem pode variar. E se por exemplo, o filme A Rainha vencer o Oscar ganharei 80 pontos + a multiplicação do peso da categoria (que seria 3), assim sendo ficaria com 240 pontos. Mas se o Babel vencer, ganho 20 pontos mais o peso da categoria, assim ficando com 60 pontos. Podem dividir a porcentagem em todos os concorrentes, mas é obvio, que as chances de vitória no bolão ficarão menores. Também posso arriscar os 100% se a categoria for obvia, assim sendo, se ela receber realmente o Oscar terei mais pontos.

O peso das categorias de Direção e filme é 3 , de roteiro e atores é 2 e o restante é 1.
As categorias de apostas são as mesmas do Bolão dos Indicados.

Entenderam? Ficou alguma duvida?

Cada um dos participantes deverá mandar um email com suas apostas (de preferencia no Word ou no Bloco de Notas) até o dia 22. Assim poderei preparar tudo. O email é rodrigo_mathias91@hotmail.com.

Agradeço desde já, e por favor, confirmem aqui quem participará.

17 fevereiro, 2007

A Conquista da Honra por Rodrigo Mathias

Dirigido por Clint Eastwood. Com: Ryan Phillippe, Adam Beach, Jesse Bradford, John Benjamin Hickey, Barry Pepper, Jamie Bell, Paul Walker, Robert Patrick, Neal McDonough, Melanie Lynskey, John Slattery, Thomas McCarthy.



Clint Eastwood é conhecido pelos nossos avós, ou até mesmo pelos nossos pais como o "rei" do faroeste e dos westerns. Qualquer produção desse gênero que contava com Clint no elenco atraia muita gente. Um tempo depois, foi a vez de Clint (além de atuar em alguns casos) sentar na cadeira de direção. E isso (logicamente) não foi muito fácil de início. Mas, Eastwood atingiu o apse quando dirigiu o (ótimo) Os Imperdoáveis que lhe rendeu o Oscar de melhor diretor e melhor filme. Depois vieram mais filme, que sempre contavam com o ponto que Eastwood havia atingido. Depois de 12 anos de sua indicação e vitória do Oscar, Eastwood repetiu a dose por duas vezes consecutivas, com o maravilhoso Sobre Meninos e Lobos (2004) e com o ótimo Menina de Ouro (2005) e atualmente com o Cartas de Iwo Jima (2007).

Quando Eastwood informou que dirigiria um filme de guerra sobre a batalha de Iwo Jima e com um contexto político, começaram as especulações de Oscar. Muitos diretores costumam ser patriotas (demais) ao ponto de fazer com que os inimigos pareçam monstros, pessoas sem alma que só pensam em matar. E isso que todos os japoneses imaginaram que poderia acontecer e começaram as críticas. E com isso, Clint resolveu fazer dois filmes simultaneamente, no mesmo ano, sobre o mesmo assunto; só que com pontos de vistas diferentes. O lado americano (A Conquista da Honra) e o lado japonês (Cartas de Iwo Jima), assim não teria como acontecer nenhum tipo de problema maior.
Bem, vamos diretamente ao conteúdo do filme. Antes mesmo de começar a assistir ao filme, comecei a pensar como o filme havia sido massacrado pela crítica e se esse filme poderia manchar o currículo de Eastwood. E por mérito, isso não aconteceu.

Logo no início, vemos um soldado correndo desesperadamente em busca de alguém e a câmera dá uma volta ao redor desse soldado até sentirmos o quanto aquilo era importante para ele e o sentimento de vazio que dá quando ele não consegue achar quem ele estava à procura. Logo após essa cena, acontece um corte que nos mostra para um senhor que estava um pouco perturbado gritando e perguntando "Where is he?". É a partir desse ponto que o filme começa se desenvolvendo numa história extremamente complexa e não linear, ou seja, os fatos não ocorrem em cronológica (ponto que talvez tenha feito alguns odiarem ao filme). E acredito que o fato de não ser linear, não só como fez com que o filme ficasse melhor, e também ajudou a nos manter todos os segundos grudados na tela querendo saber o que aquela cena inicial significava.

A história se desenvolve quando os americanos vão à uma ilha no Japão (Iwo Jima) para literalmente, destruírem tudo o que pudessem ver. Essa ilha não tinha muita importância economicamente, mas era de importância para o Japão. Como a ilha não tem nenhum tipo de vegetação, ela serviria mais como base militar.

No meio disso tudo, com a população americana cética e não querendo mais saber de guerra, uma foto salvou tudo. Uma foto pôde fazer com que a vertente mudasse de lugar e apontasse para outro extremo. Só por causa de uma foto, o governo americano conseguiu arrecadar muito mais do que o esperado.





Sim, a direção é espetacular (mal posso esperar para ver Cartas de Iwo Jima) e acompanha com maestria tudo o que o filme propõe desde o início, fazendo com que não conseguisse me conter e aplaudir o fim do filme com o maior entusiasmo (não vi no cinema). O mais interessante é que Clint conseguiu fazer com que o filme ficasse soberbo do jeito que ele é, parece ser um estilo próprio. As cenas de batalhas são espetáculos a parte, eu realmente não esperava que Clint conseguiria fazer algo que pode até ser comparado com a direção de Spielberg em O Resgate do Soldado Ryan. A inclusão da parte política é muito interessante, para nós vermos como é grande a hipocresia do governo americano. "Quando é preciso arrecadar o dinheiro, não importa quem machuque, atinja sua meta." Essa seria mais ou menos a filosofia deles (e ainda não deixou de ser).
A atuação do elenco, muito bem escolhido, foi ótima. Dou destaque ao indiano Adam Beach que com um papel muito complexo e ao ator em ascensão Ryan Phillippe. Ambos conseguem não fazer uma atuação caricata e superficial e ficaram realistas, até sentimos o que eles querem transmitir.

Tecnicamente a sonoplastia se sobressai e a fotografia em tom de sépia consegue fazer seu trabalho com extrema competência.

Em suma, Clint Eastwood consegue dirigir um filme de guerra com maestria, e não consigo deixar de imaginar como que deve estar seu outro filme.




NOTA:


NOTÍCIA INTERESSANTE

Tarzan dirigido por Guilhermo Del Toro


Tarzan, criação literária máxima de Edgar Rice Burroughs, ganhará um novo filme, desta vez produzido pela Warner Bros. Pictures. Procurado pelo estúdio para comandar o projeto, o cada vez mais requisitado Guillermo del Toro já fala como se fosse dirigi-lo amanhã.
Del Toro estava em Londres, onde O labirinto do fauno foi agraciado no Bafta com o prêmio de melhor filme estrangeiro. Lá, falou com diversos órgãos de imprensa: "A idéia que eu tenho é fazer uma versão como nenhuma outra, no sentido de mostrar como os anos de crescimento de Tarzan na floresta foram duros e brutais. Sempre houve esse idílico sentido da floresta como um parque da Disney. O que eu quero retratar é como esse cara se tornou o animal mais selvagem da floresta".
Outro que está negociando para embarcar no projeto é John Collee, o roteirista de Mestre dos mares e do recente sucesso Happy Feet: O pingüim. Ainda não há qualquer acordo fechado, nem cronograma de produção.
Fonte: Omelete


OBS do post anterior: Bem, haviamos informado, segundo um grande portal da internet brasileira que o diretor do suposto filme que retrataria a morte de Jean Charles seria o britânico Stephen Frears. Mas acabei de ver a noticia, em outro portal (Adoro Cinema), que Stephen Frears irá somente produzir ao filme e quem dirigirá será o brasileiro Henrique Goldman, agora só resta saber se a informação é correta ou não. Aguardem novas informações!



Até a próxima!





Escrito por Rodrigo Mathias

13 fevereiro, 2007

Jean Charles por Stephen Frears

O Diretor Stephen Frears, do aclamado 'A Rainha' e recém indicado ao Oscar por seu trabalho no mesmo filme, irá mostrar nas telonas a vida e morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia britânica em 22 de Julho de 2005, em um metrô, ao ser confundido com um terrorista.



De acordo com a produtora, Mango Filmes, a história se concentra nos precisos eventos anteriores à morte de Jean Charles. O produtor do filme, Henrique Goldman, declarou que será uma história "humana" e não um filme político. O filme analisará o impacto que o assassinato teve na comunidade brasileira de Londres. O projeto havia sido inicialmente oferecido para a BBC, mas a emissora pública recusou a proposta. "A previsão é começar o filme neste verão. Esperamos que as filmagens estejam terminadas para o Festival de Cinema de Berlim do próximo ano", afirma Goldman. " Os espectadores poderão decidir por eles mesmos entre o que é bom ou mal, sem necessidade que nós assumamos uma verdade absoluta", explicou Frears à BBC. Jean Charles levou um grupo de primos brasileiros a Londres. Ele gostaria de continuar vivendo no Brasil, mesmo que na época estivesse em Londres. Ele pagou para que os primos o acompanhassem e nisso teve a sensação de está trazendo o Brasil com ele.
Para o produtor, o filme, que ainda não tem um título definido, irá mostrar a vida dos primos de Jean, após o trágico evento. Todos sabem algo sobre a história do ocorrido em Londres, mas poucos sabem quem ele era e quem sofreu com a morte dele. É isso que será representado no filme, e não o grande erro da polícia britânica. A morte de Jean Charles aconteceu um dia depois de uma série de ataques ao sistema de transportes londrino, que não causaram mortes porque os explosivos não detonaram. Depois de uma grande investigação, a promotoria pública determinou que não há evidências suficientes para acusar formalmente aos quatro policiais que participaram da morte de Jean Charles. Mas os promotores acusaram a Polícia Metropolitana por ter violado as leis de segurança. Segundo Goldman, a história do filme começa no momento em que o eletricista brasileiro abandonou seu país para viajar a Londres, três meses antes de sua morte. A história se desenvolve por vários meses depois da morte de Jean Charles.

Observações Pessoais:

Eu e o Rodrigo ficamos bem interessados em ver o resultado final desse trabalho, quando lemos essa notícia, mas o que me intriga é porque não abordar também o erro gravíssimo da polícia britânica. Todo o sofrimento que dizem que irão retratar no filme, não aconteceria se não fosse esse erro. Então por que não mostrar o estopim de tudo isso? Nacionalismo? Nao será possível saber até que o filme esteja pronto, portando nos resta torcer para que esse trabalho que terá uma abordagem sentimental, não deixe de lado a visão política e crítica do ocorrido.

Postado por Leonardo Pereira.

10 fevereiro, 2007

Realmente, faz muito tempo que não posto aqui. Isso ocorreu pois estava passando uns dias fora e por isso agradeço enormemente ao meu amigo Leo a postar aqui em minha ausencia. Para recomeçar com chave de ouro, escreverei uma crítica sobre o filme que estreiou ontem nos cinemas.

A Rainha (The Queen)
Dirigido por Stephen Frears. Com: Helen Mirren,Michael Sheen, James Cromwell, Helen McCrory, Alex Jennings, Roger Allam, Sylvia Syms, Mark Bazeley, Earl Cameron e Tim McMullan.

Em seus primeiros segundos de filme, somos apresentados à uma conversa entre a rainha Elizabeth II e um artista fazendo um retrato da face da respeitadissima rainha. E nesse dialogo somos apresentados a tudo que o filme propõe durante seus 100 minutos. E gostaria de afirmar que por mais "simples" que esse dialogo poderia soar, ele é de grande importância para a trama. O momento de renovação e de modernizar com o novo primeiro-ministro Tony Blair. O filme leva em base o momento em que a devotada princesa Diane (princesa do povo) morreu em um acidente tremendamente horrível, fazendo com que milhares de pessoas ao redor do mundo tomassem a dor e começassem a mostrar um certo luto. E como Diana não era da família real (havia se divorciado do Principe Charles) a rainha não poderia se pronunciar e nem declarar luto nacional. E, ao acabar o filme, fiquei impressionado com as qualidades desse filme. O roteiro, deixamos bem claro que é original, criado diretamente para o filme, e com isso só aumenta a maestria do mesmo. Peter Morgan criou um roteiro com muita delicadeza e inteligência e desde já se torna um de meus favoritos para a vitória do Oscar.
Em relação ao elenco, que não deixa a desejar, temos a magnifica Helen Mirren como a Rainha, sempre tendo em favor um ar realmente de superioridade e ao mesmo tempo, se mostrando totalmente humanizada (ponto alto da Helen e do roteiro). Os coadjuvantes não ficam muito longe, mas obviamente perdem o brilho por causa de Helen, citando exemplos de Michael Sheen como o primeiro ministro Tony Blair e James Cromwell como Principe Philip.
Stephen Frears vêem dirigindo filmes desde 1968 e nunca foi reconhecido pelo seu trabalho no Oscar, e realmente, acredito que dessa vez continou na mesma. Sua direção é muito melhor que seus trabalhos anteriores que já indica merecimento de sua indicação ao Oscar. Mesmo achando que Alfonso Cuaron ou até mesmo de Guilhermo Del Toro estavam melhores.
O figurino é contemporâneo, por isso acaba por se tornar muito simples (mesmo sendo muito bem feito). Destaco a fotografia do brasileiro Affonso Beato que se torna competentemente original e ótima no filme.
A trilha desde o início do filme me fez delirar, já se tornamdo grande provavel de ganhar o Oscar, mesmo sendo bem "eletrônica", algo parecido com a trilha do "Carruagens de Fogo" que faturou o Oscar sendo extremamente eletrônica.
Ao fim do filme podemos ver que tudo o que era "antiquado" tem que ser modernizado, não importa se é um computador ou se é uma monarquia de mais de 50 anos da eternizada Elizabeth II.

NOTA:

Critica de Rodrigo Mathias

07 fevereiro, 2007

DVD - A Prova

Direção: John Madden. Com: Gwyneth Paltrow, Anthony Hopkins, Jake Gyllenhaal e Hope Davis.


Com apenas dez minutos assistindo 'A Prova' achei que iria me deparar com uma cópia barata de 'Uma Mente Brilhante' devido a algumas semelhanças de roteiro e aos caminhos que a temática do filme segue. Mas depois de um tempo percebi que estava totalmente enganado e me vi diante de um filme com identidade própria e que segue seu rumo de uma maneira belíssima e muito bem contada pelo diretor John Madden, vencedor do Oscar por Shakespeare Apaixonado. No começo do filme somos apresentados à Catherine (Gwyneth Paltrow), uma mulher de 27 anos, mas que anda meio transtornada psicologicamente depois de cinco anos cuidando do seu pai (Anthony Hopkins), um brilhante matemático que nos seus anos finais de vida se trancou em sua biblioteca e passou a escrever compulsivamente, muitas de suas escritas totalmente sem sentido. Catherine por causa do cuidado que deveria ter com o pai acabou largando a faculdade, abandonando os amigos e se tornando uma mulher amarga cujo maior medo era um dia ficar como o Pai. Ela acaba encontrando apoio no carinho de Hal (Jake Gyllenhaal) um ex-aluno de seu pai, que agora passa horas e horas na biblioteca do mesmo tentando achar alguma anotação importante dentre as milhares disponíveis. Por passar o dia na casa de Catherine isso acaba aproximando os dois. A chegada de sua irmã Claire que mora em Nova York, complica um pouco as coisas, pois ela insiste em levar Catherine consigo para Nova York. Ela alega que após ter passado tanto tempo cuidando do pai, agora é ela quem precisa de cuidados, devido ao estado péssimo em que se encontra. A partir daí a história se desenvolve da maneira mais bela possível. Com algumas reviravoltas que não chegam a ser surpreendentes, mas que deixam o espectador bem atento ao que ta vendo, 'A Prova' segue seu rumo sem nenhum erro, num roteiro super bem construído que nos prende ate o último minuto. As atuações de Gwyneth Paltrow e Anthony Hopkins fazem o filme brilhar um pouco mais, por mostrar uma relação de pai e filha ao mesmo tempo carinhosa e exigente. Mas o ponto forte do filme é a direção. John Madden consegue guiar a história pelos melhores caminhos possíveis, fazendo com que em nenhum minuto o filme vacile e deixe de lado o interesse de quem o vê. A maneira como ele vai desenvolvendo cada um dos personagens e mostrando todos eles sob uma outra perspectiva não vista antes é de uma maestria incrível. Um dos grande feitos dele é incluir flash-backs na história, como se fizessem parte da ordem cronológica do filme. Fica interessante perceber que mesmo algumas cenas sendo flash-back elas não são tratadas como tal, e ainda assim não fica confuso para o espectador distinguir os tempos. Enfim, 'A Prova' é um filme brilhante que demonstra como lidar com pessoas brilhantes mas perturbadas mentalmente. Pessoas que tem um grande talento, mas que as vezes por causa de outros fatores preferem se guardar, a ter que roubar a atenção, de quem elas acham que realmente precisa. Pessoas que se privam dos sentimentos humanos necessários para que o foco de suas atitudes não seja desviado. E que mais cedo ou mais tarde, percebem que pode ser um pouco tarde para voltar atrás. Mas nada que uma dose de amor, confiança e compreensão, não ajudem.

Avaliação:

Crítica por Leonardo Pereira

03 fevereiro, 2007

Prêmio para Música dos Filmes

Acredito que o Diário de Dois Cinéfilos, seja o primeiro blog ou site brasileiro a divulgar em primeira mão, um prêmio importantíssimo para o cinema. Isso nos da uma intensa felicidade e um orgulho em ver um trabalho bem feito. A IFMCA (International Film Music Critics Association) que em Português seria algo como, Associação dos Críticos das Músicas para Filmes, anunciou ontem 2 de Fevereiro, os indicados à terceira edição do seu prêmio, honrando os compositores e as trilhas originais que tiveram maior destaque em 2006. Acredito que essa Associação funciona como um sindicato, que assim como esse, tem dos atores, produtores, figurinistas, dentre vários outros. Foram nomeados compositores de cinema e televisão. E é com muito prazer que o primeiro blog brasileiro a divulgar essa notícia, vos mostar aqui, os indicados em diversas categorias.

Os Indicados são:

Melhor Trilha Sonora do Ano
·A Dália Negra - Mark Isham
·O Código da Vinci - Hans Zimmer
·Fonte da Vida - Clint Mansell
·A Dama na Água - James Newton Howard
·X-Men: O Confronto Final - John Powell
·Perfume: A História de Um Assassinato - Tom Tykwer, Reinhold Heil e JohnnyKlimek

Melhor Compositor do Ano
·Alexandre Desplat
·James Newton Howard
·Mark Isham
·John Powell
·Hans Zimmer

Melhor Novo Compositor de 2006
·Caine Davidson (A Maldição)
·Nicholas Dodd (Renaissance)
·Mark Orton (Sweet Land)
·Douglas Pipes (A Casa Monstro)
·Brett Rosenberg (Protegida Por Um Anjo)

Melhor Trilha Sonora - Filme de Drama
·A Dália Negra - Mark Isham
·Os Infiltrados - Howard Shore
·O Segredo de Berlim - Thomas Newman
·Jesus - A História do Nascimento - Mychael Danna
·O Véu Pintado - Alexandre Desplat
·A Rainha - Alexandre Desplat

Melhor Trilha Sonora - Filme de Comédia
·O Amor Não Tira Férias - Hans Zimmer
·Pequena Miss Sunshine - Mychael Danna
·Senhorita Potter - Nigel Westlake e Rachel Portman
·A Pantera Cor de Rosa - Christophe Beck
·Soltando Os Cachorros - Alan Menken

Melhor Trilha Sonora - Filme de Animação
·Carros - Randy Newman
·A Menina e o Porquinho - Danny Elfman
·Lucas - Um Intruso no Formigueiro - John Debney
·Happy Feet - O Pingüim - John Powell
·A Era do Gelo 2 - John Powell

Melhor Trilha Sonora - Filme de Ação ou Suspense
·007 - Cassino Royale - David Arnold
·O Código Da Vinci - Hans Zimmer
·Firewall - Alexandre Desplat
·Missão: Impossível 3 - Michael Giacchino
·Piratas do Caribe: O Baú da Morte - Hans Zimmer

Melhor Trilha Sonora - Filme de Ficção Científica, Fantasia ou Terror
·Eragon - Patrick Doyle
·Fonte da Vida - Clint Mansell
·A Dama na Água - James Newton Howard
·Superman - O Retorno - John Ottman
·X-Men: O Confronto Final - John Powell

Melhor Música Solo em uma Trilha
·"Evey Reborn" de V de Vingança - Dario Marianelli
·"The Great Eatlon" de A Dama na Água - James Newton Howard
·"Chevaliers de Sangreal" de O Código Da Vinci - Hans Zimmer
·"Eragon" de Eragon - Patrick Doyle

O Compositor Alemão Hans Zimmer lidera a premiação com 6 indicações. Os outros compositores com várias indicações são John Powell com 5, e Alexandre Desplat e James Newton Howard, empatados com 4 cada um.
A Associação dos Críticos das Músicas para Filmes, que foi fundada em 2004, é uma associação de editores, jornalistas e críticos das mídias on-line e impressa que são especializados em escrever sobre trilhas sonoras originais para cinema e TV. É uma organização internacional com membros da Austrália, Bélgica, Canadá, Grécia, Itália, Polônia, Espanha, Suiça, Reino Unido e dos Estados Unidos.

Os vencedores dos anos seguintes em Melhor Trilha do Ano, foram:

2005 - Memórias de Uma Gueixa - John Williams
2004 - Os Incríveis - Michael Giacchino

Os vencedores serão anunciados no dia 23 de Fevereiro.

Observações pessoais:

Fiquei bastante feliz com as indicações das trilhas de A Dama na Água e X-Men: O Confronto Final, ambas indicadas na categoria de Melhor Trilha na minha versão do Prêmio Diários dos Cinéfilos. A trilha do filme do Shyamalan realmente é um primor. Uma maravilha de orquestra que me viciou a ponto de ouvi-la todo dia. Gostei do destaque que essas duas trilhas em particular tiveram nessa premiação, já que não foram muito requisitadas em outras premiações. Na categoria de música solo, adorei a indicação de "The Great Eatlon", realmente a MELHOR música do álbum que por sinal tá sendo a minha trilha sonora enquanto escrevo esse post. Se alguém tiver curiosidade, é so me pedir no msn, que eu mando a música. Abraços a todos!!

Postado por Leonardo Pereira