17 junho, 2008

Crítica dos Cinéfilos

Fim dos Tempos (The Happening)


Dirigido por M. Night Shyamalan. Com: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Betty Buckley, Ashlyn Sanchez, Spencer Breslin, Robert Bailey Jr, Alan Ruck, Frank Collison, Jeremy Strong, Victoria Clark.

Por Rodrigo Mathias


M. Night Shyamallan é um dos diretores mais inovadores da atualidade, o único problema que vem ocorrendo é justamente a partir do momento em que ele começou a perder o rumo. Não pude assistir todos filmes dele, porém vi os mais comentados: "A Vila" e "O Sexto Sentido" e agora o mais novo filme dele nos cinemas "Fim dos Tempos. Em relação aos filmes que vi, achei ambos expetaculares. Um estilo de direção única que faz com que o filme fique com uma identidade magnifica. Infelizmente, após Sexto Sentido, os filmes de Shyamallan foram sendo lançados e gradativamente foram decaindo de nível segundo a crítica mundial. Sexto Sentido foi um grande sucesso,logo após veio Corpo Fechado que não teve o mesmo sucesso que seu anterior mas foi muito elogiado,depois veio Sinais que teve um desempenho não tão bom quanto seus anterior, sendo elogiado por uns e sendo criticado por outros. A partir de o filme que foi dirigido posteriormente de Sinais que a carreira dele começou a decair cada vez mais, com os filmes "A Vila" e "Dama na Água" que foram muito mal recebidos. Agora o mesmo acontece com "Fim dos Tempos".

"Fim dos Tempos" tem uma história muito promissora, mas péssimamente escrita. Como, a partir de agora, defendo que Shyamallan comece apenas a dirigir filmes e solicitar a algum roteirista que o escreva. A história acontece com um professor de ciências, Elliot Moore que estava com problemas em relação ao casamento. Ele tem um grande amigo, Julian, professor de matemática da mesma escola. Quando alguns problemas de suicidio coletivo acontece, todos são dispensados da escola e vão para suas casas. Inicialmente, a primeira causa desse suicidio coletivo é que terroristas lançaram um toxina que afeta o sistema de auto-preservação do ser humano, que faz com que ele cometa suicidio. Após saber disso tudo, Julian convida Elliot e sua esposa para ir na casa de sua esposa. Ambos resolvem ir e conforme a viagem se desenrola, a fuga deles diante desse "vilão" se torna cada vez mais tensa. Nesse aspecto Shyamallan consegue fazer uma história com muita tensão, do inicio ao fim. Porém, o número de clichês é extremamente alto. Algumas situações não se encaixavam no contexto, como por exemplo, sempre que alguem era afetado, uma das pessoas ficava perguntando de forma insistente o que estava acontecendo, porém se esse problema ocorria por causa da toxina, deveria ocorrer com todos ao mesmo tempo. O próprio Shyamallan acabou por não confiar inteiramente em seu roteiro, que criou cenas desnecessárias e para aumentar a precariedade do roteiro, em determinada cena, ocorre uma morte completamente inútil e apelativa (na cena em que uma pessoa chuta a porta).Para finalizar, a conclusão da história soa interessante, mas dá a impressão que passamos o equivalente a uma hora e meia vendo um filme comum e não um filme marcante como os que pude ver até agora do cineasta.

Tecnicamente o filme é muito bom, desde sua magnífica fotografia até sua perfeita trilha sonora. O único ator que realmente merece destaque é Mark Wahlberg, que vem se destacando muito desde Os Infiltrados. Finalizando, o filme é bom mas poderia ser bem melhor com uma polida em seu roteiro.